“Quem poderá normatizar a criança?” : o que diz a psicologia sobre infância, sexualidade, gênero e desenvolvimento em cursos de licenciatura e de formação de psicólogo/a

dc.contributor.advisor1Salgado, Raquel Gonçalves
dc.contributor.advisor1ID001.646.567-90pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1165554868380123pt_BR
dc.contributor.referee1Salgado, Raquel Gonçalves
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dc.contributor.referee2Souza, Leonardo Lemos de
dc.contributor.referee2ID251.395.478-56pt_BR
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/6444203522447403pt_BR
dc.contributor.referee3Ferreira, Marcelo Santana
dc.contributor.referee3ID008.865.437-03pt_BR
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/0158780723584631pt_BR
dc.creatorAndrade, Hugo Higino Perez de
dc.creator.ID024.818.071-11pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2534578632570568pt_BR
dc.date.accessioned2021-08-27T15:29:40Z
dc.date.accessioned2024-10-02T03:23:00Z
dc.date.available2018-03-15
dc.date.available2021-08-27T15:29:40Z
dc.date.available2024-10-02T03:23:00Z
dc.date.issued2018-02-28
dc.description.abstractChildhood has occupied significant spaces in the process of producing knowledge about the subject. Yet, even with such importance, childhood has always occupied a place of invisibility and erasure. Even after the conception of childhood is created, children constantly suffer violations from adults. At the present time, reflections of such a process of erasure directly affect how childhood time is lived and meaning by children. The notions of "incapacity" and "inability", which are attributed to him, are configured as devices of power, which arrange infant bodies to be subjugated to discourses of the rational adult world produced in modernity. Along with the notion of unfinished, the discourse of sacredness and purity of children is engendered. This conception creates a discourse that erases the sexuality of the child development process, defining it as a human dimension only in adult life. Throughout this process, Psychology, as a human science and therefore as a device of know-power, acted as a mechanism for legitimizing and mediating educational practices that strengthen this logic of (non)place and purity, which circumscribes the childhood. In order to understand the formulation and the implications of the psychological discourse on child sexuality in the context of the formation of teachers and psychologists, this research, developed within the framework of the research line "Childhood, Youth and Culture The aim of this study is to analyze the discursive production produced by psychology at the Federal University of Mato Grosso, Câmpus de Cuiabá, through the analysis of the "Contemporary, rights, policies and diversity" and the Research Group "Childhood, Youth and Contemporary Culture" (GEIJC) discursive study of the teaching plans of the disciplines of Psychology of Education, for the undergraduate courses, and of the teaching plans of the disciplines of developmental psychology, for the Psychology Course, as well as the interviews with four teachers responsible for these disciplines. The research was based on theorists and studies, such as: Michel Foucault (2006, 2010), when working the body and sexuality in its discursive dimension; Le Breton (2013), when treating the body as a symbolic construction; the feminist studies of Haraway (1995), in problematizing the dichotomies between nature and culture; the studies on gender of Judith Butler (2015). As a theoretical-methodological reference, the research was anchored in Bakhtin's theory of enunciation (1992) and in the notion of partial knowledge of Haraway (1995). As a temporary cut, we work with the teaching plans in force in the 2016 school year. The interviews were made with teachers responsible for the disciplines mentioned above, being two / two contractors and two / two effective. Analyzing the discourses in the teaching plans, one can see that most of these carry contexts of a modern ideology, which separates the body from reason and makes the human a productive machine of capital. Childhood is placed in the place of negative, of abjection. It is only defined as the time of "becoming", making it impossible to have a more concrete experience of existing in the present time. Of course, in the midst of this whole context, it is possible to observe an attempt to visibility the issues of diversity in childhood, however very timidly.pt_BR
dc.description.resumoA infância tem ocupado espaços significativos no processo de produção de conhecimentos sobre o sujeito. Todavia, mesmo com tamanha importância, a infância sempre ocupou um lugar de invisibilidade e de apagamento. Mesmo após a concepção de infância ser criada, as crianças sofrem constantemente violações dos adultos. Na atualidade, reflexos de tal processo de apagamento afetam diretamente como o tempo da infância é vivido e significado pelas crianças. As noções de “incapacidade” e “inabilidade”, que lhe são atribuídas, se configuram como dispositivos de poder, que agenciam os corpos infantes a estarem subjugados a discursos do mundo adulto racional, produzidos na modernidade. Junto com a noção de inacabamento, engendra-se o discurso de sacralidade e pureza das crianças. Essa concepção funda um discurso que apaga a sexualidade do processo de desenvolvimento infantil, definindo-a como dimensão humana somente na vida adulta. Durante todo este processo, a Psicologia, enquanto uma ciência humana e, portanto, como um dispositivo de saber-poder, atuou como mecanismo de legitimação e agenciamento de práticas educativas que fortalecem essa lógica de (não)lugar e de pureza, que circunscreve a infância. Com o intuito de compreender a formulação e quais são as implicações do discurso psicológico acerca da sexualidade infantil no contexto de formação de professoras/es e de psicólogas/os, a presente pesquisa, desenvolvida no âmbito da linha de pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade” e do Grupo de Pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea” (GEIJC), tem como objetivo analisar a produção discursiva produzida pela psicologia na Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus de Cuiabá, por meio da análise discursiva dos planos de ensino das disciplinas de Psicologia da Educação, para os cursos de licenciatura, e dos planos de ensino das disciplinas de psicologia do desenvolvimento, para o Curso de Psicologia, bem como das entrevistas com quatro professoras/es responsáveis por essas disciplinas. A pesquisa se pautou em teóricos e estudos, tais como: Michel Foucault (2006, 2010), ao trabalhar o corpo e a sexualidade em sua dimensão discursiva; Le Breton (2013), ao tratar do corpo como construção simbólica; os estudos feministas de Haraway (1995), ao problematizar as dicotomias entre natureza e cultura; os estudos sobre gênero de Judith Butler (2015). Como referencial teóricometodológico, a pesquisa se ancorou na teoria da enunciação de Bakhtin (1992) e na noção de conhecimento parcial de Haraway (1995). Como recorte temporal, trabalhamos com os planos de ensino em vigência no ano letivo de 2016. As entrevistas foram feitas com professoras/es responsáveis pelas disciplinas mencionadas acima, sendo dois/duas contratadas/os e dois/duas efetivas/os. Analisando os discursos nos planos de ensino, pode-se perceber que a maioria destes carrega contextos de uma ideologia moderna, que separa o corpo da razão e torna o humano uma máquina produtiva de capital. A infância é colocada no lugar da negativa, da abjeção. Configura-se apenas como o tempo do “vir a ser”, impossibilitando uma experiência mais concreta do existir no tempo presente. Logicamente que, em meio a todo esse contexto, é possível observar uma tentativa de visibilidade às questões da diversidade na infância, contudo com muita timidez.pt_BR
dc.identifier.citationANDRADE, Hugo Higino Perez de. “Quem poderá normatizar a criança?”: o que diz a psicologia sobre infância, sexualidade, gênero e desenvolvimento em cursos de licenciatura e de formação de psicólogo/a. 2018. 85 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Rondonópolis, 2018.pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ufr.edu.br/handle/123456789/12210
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Mato Grossopt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) – Rondonópolispt_BR
dc.publisher.initialsUFMT CUR - Rondonopólispt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação - Rondonópolispt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOpt_BR
dc.subject.keywordInfânciapt_BR
dc.subject.keywordSexualidadept_BR
dc.subject.keywordGêneropt_BR
dc.subject.keywordPsicologia do desenvolvimentopt_BR
dc.subject.keywordEducaçãopt_BR
dc.subject.keyword2Childhoodpt_BR
dc.subject.keyword2Sexualitypt_BR
dc.subject.keyword2Genrept_BR
dc.subject.keyword2Developmental psychologypt_BR
dc.subject.keyword2Educationpt_BR
dc.title“Quem poderá normatizar a criança?” : o que diz a psicologia sobre infância, sexualidade, gênero e desenvolvimento em cursos de licenciatura e de formação de psicólogo/apt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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